quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

boas festas

Como manda a tradição, é o rei Gaspar quem vos deseja um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo em nome da quimaterapia.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

flower power

Algumas plantinhas que nunca tinham vindo aqui parar ao blogue. Hoje é o dia.








quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

antes e depois

Um antes e depois que não implica lixar nem pintar, mas sim respigar umas abóboras no cultivo do vizinho, passar umas horas a descascá-las e outras tantas de olho no fogão para o açúcar não pegar no fundo do tacho. Antes seis abóboras, depois cinco frascos de doce.



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

borboleta-almirante-vermelho

A maioria das espécies de borboletas opta por hibernar na forma de ovo, lagarta ou crisálida. Mas a borboleta-almirante-vermelho (Vanessa atalanta) procura alimento nos dias solarengos de inverno, ou de final de outono. Foi num dia assim que 'apanhei' esta no jardim. Não posso deixar de citar o poeta brasileiro Mario Quintana; "O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você".





quarta-feira, 25 de novembro de 2015

meduras e maquias, é tudo muito bonito mas

De todos os trabalhos no campo, apanhar azeitona e vindimar são os que mais gosto (leia-se os que menos desgosto). Ao contrário de outros como a apanha dos figos, do tomate ou de pimentos, só se passa uma vez no mesmo sítio. Podemos ir fazendo a contagem decrescente, cada oliveira apanhada é menos uma oliveira por apanhar. Cada parreira vindimada é menos uma parreira por vindimar. Consegue-se ver o fim da tarefa. Enquanto nos ditos figos, tomates e pimentos se tem que voltar quase semanalmente, uma vez que não amadurecem todos ao mesmo tempo. É que, como diria o Ricardo Araújo Pereira, numa expressão que certamente roubou ao meu pai, é tudo muito bonito mas...
Sabe muito bem estar no campo, sentir o cheirinho do orvalho pela manhã, ouvir os passarinhos a chilrear, seguir o voo das borboletas de flor em flor, aquecer o corpo e a alma quando um raio de sol rompe uma nuvem, mas quando há tarefas a cumprir e tempo limitado para as cumprir não dá para usufruir do cenário campestre. E a apanha da azeitona é um desses casos em que o tempo faz toda a diferença para a qualidade do produto final - o azeite.
O método é simples mas extenuante, cobre-se o chão um pouco além da medida da copa da árvore com um pano de nylon, sobe-se à árvore para varejar (com uma vara de eucalipto ou de bambu) os ramos mais altos, depois, já no chão varejam-se os ramos mais baixos. No pano ficam as azeitonas, muitas folhas e alguns ramos mais frágeis que se quebraram com a vara. As folhas serão mais tarde sopradas no lagar, mas os ramos têm que ser retirados, só depois se pode despejar o produto da oliveira em sacos ou caixas e repetir o processo na árvore seguinte.
Depois da apanha, a azeitona deve seguir para o lagar para ser transformada com a maior brevidade possível, nunca mais de 24 horas, para evitar a fermentação, daí a urgência na apanha. Quando queremos ter a certeza que o azeite que trazemos do lagar foi feito com as nossas azeitonas temos que assegurar que entregamos o suficiente para fazer uma 'medura' - não vale a pena procurar o significado desta palavra no dicionário, já o fiz para vos tentar explicar correctamente, mas simplesmente não existe embora se utilize em todo o Ribatejo para denominar uma quantia de azeitona não inferior a 500 quilogramas. O lagar retira uma maquia (uma porção do azeite que serve de remuneração do seu trabalho) e o restante ouro líquido segue para casa, normalmente numa proporção de entre 10 a 12% do peso entregue no lagar.



quarta-feira, 18 de novembro de 2015

calendários ilustrados

No outro dia, ao ler um dos blogs que sigo com frequência, e que recomendo - It's Monday but it's Ok - Marta Valente, a autora, falava de calendários ilustrados e de como se podem reaproveitar e emoldurar as ilustrações. Há cinco anos que adquiro, por esta altura, o calendário da Associação para a Promoção Cultural da Criança e reaproveito as ilustrações dos autores que mais gosto, André da Loba, Madalena Matoso, Bernardo Carvalho... Este ano vão ser de Yara Kono e mal posso esperar por lhe deitar a tesoura :-)
Lembrei-me então destas fotos que nunca cheguei a publicar. Já têm quatro anos, o Gaspar tinha então quatro anos e este foi um projecto de início de férias. Pintar uma moldura e escolher uma ilustração do calendário de 2010 (Madalena Matoso). Gostámos tanto do resultado que quando houve mudança de quarto fizemos mais. 





terça-feira, 17 de novembro de 2015

pão fresquinho

Finalmente estreámos o forno com uma bela fornada de pão. Com chouriço ou simples, acreditem que estava muito bom. Havemos de repetir.






terça-feira, 13 de outubro de 2015

quando o azar bate à porta

A velha porta da casa da avó tem uma nova vida desde 2010. Mas a 'almofada' que foi retirada, porque não fazia falta, uma vez que a porta passou de exterior para interior, ficou na arrecadação à espera de melhores dias. Pensei usá-la como moldura para um espelho. Pedi para cortar um espelho velho à medida e quando o estava a aplicar partiu-se. Azar para o espelho! Ficou o contraplacado que lhe servia de base e que serviu de tela para esta pintura em acrílico.






terça-feira, 6 de outubro de 2015

louva-a-deus

Apesar de ser um insecto muito comum, principalmente no campo, o louva-a-deus tem um fascínio próprio. Antes de mais pela posição que adopta, com a parte anterior do corpo levantada e as patas dianteira unidas, como se estivesse a rezar. Mas também pelas suas características singulares como uma visão de quase 360º, ter apenas um ouvido (situado no tórax), pela forma como se dissimula na vegetação ou como utiliza os espinhos das pinças para apanhar presas, ou, e esta é a mais extraordinária de todas, por ser canibal e se alimentar do companheiro.

No acasalamento o macho serve de alimento para a fêmea que o agarra pelo pescoço e, sem piedade, lhe arranca e come a cabeça. Mesmo decapitado e engolido, o corpo do macho continua a fecundar a fêmea.

Na primeira fotografia devo ter captado a fêmea pouco depois do acasalamento, que decorre durante o Outono, e antes da postura dos ovos (entre dez e 400), a avaliar pelo tamanho da barriga.

O louva-a-deus é sempre bem-vindo no meu quintal e no de todos os amantes da jardinagem e da agricultura biológica. Com um apetite insaciável por moscas e pulgões é o substituto perfeito de pesticidas no controlo de pragas. 



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

viriato

Se, tal como eu, já não se lembram de nada do que aprenderam nas aulas de história sobre Viriato e as lutas entre lusitanos e romanos, não percam no próximo sábado a última (pelo menos a última de 2015) exibição da peça Viriato, pelo grupo Fatias de Cá. Uma recriação dos sete anos de comando desta figura histórica, tendo como cenário o castelo de Almourol.





terça-feira, 15 de setembro de 2015

regresso à escola

Quando há uns meses atrás aceitei o desafio de escrever sobre este tema, estava longe de saber que por esta altura as aulas ainda não tinham começado. Estava também a milhas de distância de imaginar que iria haver uma mudança radical, a passagem de uma pequena escola do interior, com um total de 40 alunos (que incluem todo o primeiro ciclo) para a grande escola, na capital, com mais de 60 alunos só no terceiro ano (que incluem variadas nacionalidades, com predominância para as asiáticas).
Quando a mudança se tornou inevitável fui introduzindo o tema da 'nova escola' com algum cuidado, mas obtinha sempre a mesma resposta. "Não vou ter saudades, não tenho amigos", dizia ele, apesar de ser um dos mais populares na sua pequena escola. Agora que estamos a apenas uma semana do início das aulas já mostra alguma ansiedade. "Não sou um prego. Tenho sentimentos. É claro que tenho saudades dos meus amigos, da minha professora e das auxiliares". Parece-me uma frase copiada de algum desenho animado, daqueles que se podem ver até à exaustão nas férias e com muita moderação durante as aulas.
Enfim, não posso expor aqui como foi o regresso às aulas e a entrada na nova escola, porque ainda não aconteceram. O que é certo é que os dias preguiçosos de Verão, sem hora para deitar nem despertador para acordar, estão a chegar ao fim e para não haver dúvidas até o tempo enegreceu nos últimos dias. Para trás vão ficar também os trabalhos no campo, como as vindimas.
Este ano o meu rapazote de oito anos recebeu o seu primeiro salário nestas lides. Incentivado pela avó cortou uvas, despejou baldes e, sempre que o deixavam, saltava para o tractor com o avô. Dar uma tesoura para as mãos de um miúdo desta idade é uma grande responsabilidade e o inevitável aconteceu. Cortou um dedo. Depois do choque de ver o sangue a cair, o que realmente o aborreceu foi não poder continuar a 'trabalhar'. Meia hora depois já estava de volta ao activo e segredava-me ao ouvido "este é o melhor dia de vindima de sempre".
Lembrei-me imediatamente deste episódio quando li a entrevista, ao ionline, de Carlos Neto, investigador da Faculdade de Motricidade Humana, em que alertava para os perigos de dizer sempre não às crianças por medo de que se magoem.
Magoar faz parte do crescimento. Mudar de escola faz parte do crescimento. Ficar de coração apertado faz parte da maternidade.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

gerês, sempre gerês

Dois anos depois voltámos a escolher o Gerês para umas curtas férias. Foi bom ver que pouco ou nada mudou. As pedras, os garranos, as vacas, a água fresca dos ribeiros e da albufeira de Vilarinho das Furnas, a quietude das aldeias como Brufe e Germil, tudo permanece. Havemos de voltar.









terça-feira, 25 de agosto de 2015

sabão

O melhor sabão do mundo já tem facebook, podem segui-lo aqui. Para quem prefere vê-lo ao vivo e a cores, basta aparecer no Mercados no Museu, no terceiro sábado de cada mês, na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa.




quinta-feira, 6 de agosto de 2015

cigarras

 

   
Nestes dias quentes de Verão não se ouve outra coisa, noite e dia, é a cigarra que faz a festa. Hoje fui à procura delas, apesar do barulho denunciar a sua localização, é difícil encontrá-las. Primeiro porque se calam quando sentem a nossa presença, segundo, porque são demasiado parecidas com os ramos em que pousam. Mas consegui este registo, prova superada!
Fiquei com alguma curiosidade em relação a estes bicharocos tão barulhentos e investiguei um pouco. Alimentam-se da seiva das árvores e é o macho que canta para atrair a fêmea usando um compartimento interno da barriga. O som que produzem pode chegar aos 120 decibéis, o mesmo que provoca a descolagem de um avião a jacto. Na fêmea a barriga carrega os ovos. Assim que põem os ovos morrem. Os ovos eclodem e os pequenos rebentos caem no chão, a partir daí têm que cavar túneis para encontrar as raízes e depois subir pelas árvores, neste processo sofrem uma metamorfose, a ecdise (processo de crescimento onde ocorre muda do exoesqueleto por um novo), tornam-se adultas e prontas para o acasalamento, e começa tudo outra vez.
Afinal não é uma vida fácil como dizia La Fontaine.
 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

alentejo

Uns dias de sol e praia na costa alentejana entre estrelas do mar e polvos (gigantes!).