quinta-feira, 17 de setembro de 2015

viriato

Se, tal como eu, já não se lembram de nada do que aprenderam nas aulas de história sobre Viriato e as lutas entre lusitanos e romanos, não percam no próximo sábado a última (pelo menos a última de 2015) exibição da peça Viriato, pelo grupo Fatias de Cá. Uma recriação dos sete anos de comando desta figura histórica, tendo como cenário o castelo de Almourol.





terça-feira, 15 de setembro de 2015

regresso à escola

Quando há uns meses atrás aceitei o desafio de escrever sobre este tema, estava longe de saber que por esta altura as aulas ainda não tinham começado. Estava também a milhas de distância de imaginar que iria haver uma mudança radical, a passagem de uma pequena escola do interior, com um total de 40 alunos (que incluem todo o primeiro ciclo) para a grande escola, na capital, com mais de 60 alunos só no terceiro ano (que incluem variadas nacionalidades, com predominância para as asiáticas).
Quando a mudança se tornou inevitável fui introduzindo o tema da 'nova escola' com algum cuidado, mas obtinha sempre a mesma resposta. "Não vou ter saudades, não tenho amigos", dizia ele, apesar de ser um dos mais populares na sua pequena escola. Agora que estamos a apenas uma semana do início das aulas já mostra alguma ansiedade. "Não sou um prego. Tenho sentimentos. É claro que tenho saudades dos meus amigos, da minha professora e das auxiliares". Parece-me uma frase copiada de algum desenho animado, daqueles que se podem ver até à exaustão nas férias e com muita moderação durante as aulas.
Enfim, não posso expor aqui como foi o regresso às aulas e a entrada na nova escola, porque ainda não aconteceram. O que é certo é que os dias preguiçosos de Verão, sem hora para deitar nem despertador para acordar, estão a chegar ao fim e para não haver dúvidas até o tempo enegreceu nos últimos dias. Para trás vão ficar também os trabalhos no campo, como as vindimas.
Este ano o meu rapazote de oito anos recebeu o seu primeiro salário nestas lides. Incentivado pela avó cortou uvas, despejou baldes e, sempre que o deixavam, saltava para o tractor com o avô. Dar uma tesoura para as mãos de um miúdo desta idade é uma grande responsabilidade e o inevitável aconteceu. Cortou um dedo. Depois do choque de ver o sangue a cair, o que realmente o aborreceu foi não poder continuar a 'trabalhar'. Meia hora depois já estava de volta ao activo e segredava-me ao ouvido "este é o melhor dia de vindima de sempre".
Lembrei-me imediatamente deste episódio quando li a entrevista, ao ionline, de Carlos Neto, investigador da Faculdade de Motricidade Humana, em que alertava para os perigos de dizer sempre não às crianças por medo de que se magoem.
Magoar faz parte do crescimento. Mudar de escola faz parte do crescimento. Ficar de coração apertado faz parte da maternidade.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

gerês, sempre gerês

Dois anos depois voltámos a escolher o Gerês para umas curtas férias. Foi bom ver que pouco ou nada mudou. As pedras, os garranos, as vacas, a água fresca dos ribeiros e da albufeira de Vilarinho das Furnas, a quietude das aldeias como Brufe e Germil, tudo permanece. Havemos de voltar.