quarta-feira, 11 de março de 2015

o lobo bom, o lobo mau e o lobo chato


Em quase todas as histórias infantis há um lobo mau. O personagem ruim, vil, que faz asneiras, que causa enganos, que faz estragos e atrapalha é sempre o lobo mau. Mas havia um pequenino que, apesar de gostar de ouvir a mãe contar histórias todas as noites, antes de adormecer, tinha um pedido especial quando o enredo chegava ao lobo mau.
"Mamã, por favor não digas lobo mau que me faz ter pesadelos durante a noite", pedia ele. Então a mãe sugeriu que lhe chamassem lobo bom, mas o menino achou que isso seria um exagero. Afinal o bicho peludo não era nada simpático. Depois de pensarem bem no assunto acordaram em passar a tratar o lobo mau por lobo chato.
Um lobo tão chato, tão chato, tão chato que a Capuchinho, só para não ter que o ouvir, acabou por se enganar no caminho para casa da avó.
Um lobo tão chato, tão chato, tão chato que conseguiu levar os três porquinhos a juntarem-se à lareira em casa do porquinho mais velho a contar anedotas para se abstraírem daquele barulho que vinha lá de fora.
Um lobo tão chato, tão chato, tão chato que os sete cabritinhos resolveram enfiar-se na sua barriga porque era o único sítio onde não o conseguiam ouvir.
E assim foram contadas histórias noite após noite, até um dia o menino aprender a ler e a deixar de ter medo de lobos maus. Pode ser que este ano até vá ao Monstra!



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